O ano passou e a Restart ficou. A banda terminou 2011 com o lançamento de Geração Z e a gravação do clipe de
Menina Estranha. Além disso, fizeram show de réveillon da Avenida Paulista. Já tem novidades para 2012. Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas vão se apresentar no dia 4 de fevereiro no Espaço Lux, em São Bernardo, e vão lançar o tão aguardado filme, que ainda não tem data de estreia confirmada.
Pe Lu disse que os Beatles foram inspiração para o primeiro longa-metragem e também para o figurino do grupo. A stylist dos meninos, Malena Almeida, explica: "A cor foi substituída. O amarelo deu lugar ao dourado. O novo estilo reflete maturidade." Pe Lu comentou sobre esta evolução em entrevista ao D+. Confira:
D+: O que o álbum Geração Z tem de diferente?
Pe Lu: Mudamos muito musicalmente. Conseguimos deixar mais claras as nossas influências e crescemos muito em comparação ao primeiro CD. Além disso, tem músicas para todos os gostos.
Como surgiu a ideia de lançar o CD em diferentes mídias?
Primeiro tenho de explicar que o nome do disco nasceu da influência da nossa geração e de como a tecnologia faz parte da nossa vida. Nós vivemos conectados. A ideia de lançar em vários meios ao mesmo tempo tem a ver com a multifuncionalidade que essa geração tem e que mexe com todo mundo.
Você assinou sete faixas do álbum em parceria com o Koba. Como vocês se organizam para compor?
Temos uma conexão criativa muito bacana e difícil de conseguir. Compor é processo íntimo. É preciso ter liberdade com a pessoa e conseguimos essas coisas com os anos de convivência. Não temos um padrão, estamos sempre mostrando melodias e letras um para o outro e assim vamos criando.
As outras três canções são de autoria do Pe Lanza e uma é do Thomas. Como foi feita a escolha das músicas?
Todos nós escrevemos muitas canções sobre os momentos que estamos vivendo e histórias que passamos. O dia a dia é nossa maior inspiração. Escolhemos aquelas que representassem melhor o momento da banda.
Qual música do novo álbum você gosta mais?
Música é igual a filho: não posso escolher só uma para não ficar triste pela outra.
Com a agenda cheia de shows e eventos, como conseguem tempo para compor?
Na estrada, nos hotéis e nas poucas horas livres. Compor é hábito e prática.Quanto mais fizer, melhor fica.
Quando o primeiro álbum foi lançado, vocês disseram que era a sinceridade da banda com 17. O Geração Z é a sinceridade com 20 anos. O que mudou na vida de vocês nesses anos?
Crescemos muito. Foram anos intensos e repletos de mudanças então, de alguma forma, isso está no disco. A gente saiu de casa, começamos a pagar nossas contas, aprendemos a lidar com a saudade, com a perda das pessoas, ganhar dinheiro e perder dinheiro. É um CD repleto de alegrias e frustrações.
Perceberam que o público da banda também mudou?
Todos crescemos! Ficamos muito orgulhosos de ver nossos fãs que já não podem estar nos shows pois começaram a trabalhar, fazer faculdade. Somos uma família e procuramos estar lá para eles como eles estão para a gente.
Tem algo do visual antigo que não abriram mão?
Não nos prendemos a nada. Gostamos de ter a liberdade de usar todas as cores, incluindo cinza, preto e branco. Tudo depende do dia. Hoje mesmo estou mais colorido, amanhã posso resolver usar algo mais sóbrio.